“Descubra como a Usina de Ludington, localizada acima do Lago Michigan, armazena energia hidrelétrica e fornece eletricidade para milhões de residências nos EUA. Saiba como esse sistema inovador contribui para a sustentabilidade!”
Quem poderia imaginar que um lago poderia ser considerado a maior bateria do mundo? Bem, explicando melhor, a centenas de metros acima do Lago Michigan, foi construída a Usina de Armazenamento Bombeado de Ludington. Essa maravilha da engenharia moderna, inaugurada em 1973, é peça fundamental da infraestrutura energética dos Estados Unidos, símbolo de inovação e sustentabilidade, fornecendo eletricidade para milhões de residências. Saiba mais no artigo a seguir!
Funcionamento da “bateria” de Ludington
A Usina de Armazenamento Bombeado de Ludington se assemelha a um lago artificial. Essa estrutura é colossal, medindo aproximadamente 4 quilômetros de comprimento e 1,6 quilômetros de largura. Seu funcionamento é inovador, com base em um processo físico simples que não só proporciona uma fonte confiável de eletricidade, mas também ajuda a estabilizar a rede elétrica em momentos de alta demanda.
A ideia, em tese, é o armazenamento reversível de energia hidrelétrica. Durante o período de baixa demanda, a usina utiliza energia excedente para bombear água para um reservatório superior, que está a 110 metros de altura. E, durante o dia, assim que necessário, quando a demanda por eletricidade aumenta, a água é liberada de volta para o lago, passando por seis turbinas que geram energia hidrelétrica.

Segundo a concessionária responsável pela administração da usina, cada unidade é capaz de mover a superfície do reservatório cerca de 30 centímetros por hora (em condições normais). Quando em plena capacidade, o complexo pode fornecer eletricidade para aproximadamente 1,7 milhão de unidades habitacionais – só para entender a relevância dessa infraestrutura.
Flexibilidade e integração com energias renováveis
Já conhecemos a funcionalidade dessa usina, que é considerada a maior bateria do mundo, agora é vez de falar sobre a flexibilidade do seu sistema. Bem, vale relembrar que ela não “apenas” armazena energia como também permite disponibilizar essa energia quando for mais necessário.
Essa é uma característica ainda mais relevante à medida que as fontes renováveis (como solar e eólica) se tornam prevalentes na matriz energética. E por que dissemos tudo isso? O objetivo é vislumbrar as possibilidades presentes e futuras!
Por exemplo, a matriz de Michigan é predominantemente composta por usinas movidas a combustíveis fósseis e nucleares, que, sendo fontes constantes, permitem que a Ludington bombeie água à noite e gere energia durante o dia. E se, além disso, forem incluídas nessa equação fontes como solar e eólica, a operação da usina pode ser ajustada para atender essas novas demandas.
Podemos pensar numa situação em que a Usina de Armazenamento Bombeado de Ludington seja carregada ao meio-dia com energia solar e descarregada à noite, quando a demanda é maior. Sem dúvidas, essa flexibilidade ajudaria a reduzir a dependência do consumo de combustíveis fósseis. Esse esforço de transformação, de modernização, de adaptação das operações aumentaria a eficiência do serviço prestado e reduziria sua pegada de carbono, contribuindo para o meio ambiente.
Impacto ambiental e sustentabilidade
Agora uma curiosidade sobre a Usina de Ludington! Durante os meses de verão americano, uma barreira de proteção é instalada para proteger a fauna aquática local, evitando que os peixes entrem no canal de entrada e saída de água da usina. Essa medida é essencial para preservar o ecossistema do Lago Michigan – o mínimo que se espera de práticas ambientais responsáveis na engenharia.
Outra coisa, o armazenamento de energia em grande escala é um componente vital para a transição para uma matriz energética mais limpa.
Usinas como a de Ludington precisam ser expandidas e modernizadas. Especialmente, essas usinas reversíveis (construídas quase todas entre 1960 e 1990) são o modelo mais importante. Embora novas instalações tipo bateria tenha surgido nos últimos anos, elas ainda continuam a desempenhar um papel fundamental na oferta de energia confiável, tendo alta capacidade de armazenamento em escala comercial.
Aqui, no Brasil, algo que tem preocupado os especialistas é a falta de avanço no setor com relação à precificação das externalidades de cada fonte de energia. A ausência de diretrizes claras por parte do Ministério de Minas e Energia (MME) poderia levar a riscos de judicialização, impactando negativamente o futuro do setor energético no país.
Fonte: engenharia360.com
Link da Matéria: https://engenharia360.com/a-maior-bateria-do-mundo-nos-eua/
Palavras-Chave: Usina de Ludington, Lago Michigan bateria, Armazenamento de energia hidrelétrica, Maior bateria do mundo, Energia renovável nos EUA, Sustentabilidade energética, Usina de armazenamento bombeado
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