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Startups: Como Equilibrar Negócio, Tecnologia e Serviços para Inovar de Verdade

De acordo com Luli Radfahrer, todo produto inovador tem três facetas, mas as incubadoras insistem em trabalhar com apenas duas delas

Descubra por que startups precisam equilibrar tecnologia, modelo de negócio e serviços para evitar a mesmice no mercado digital, segundo o professor Luli Radfahrer.

O professor Luli Radfahrer fala nesta sua coluna sobre o modelo de incubadoras de negócios. Segundo ele, todo produto inovador tem três facetas, mas as incubadoras estão trabalhando só com duas delas. “Você tem essencialmente três coisas num negócio inovador: você tem um modelo de negócio bacana, ou seja, o dinheiro entra, o dinheiro sai e eu sei como trabalhar esse dinheiro. É isso que toda parte das incubadoras de startup faz. Vão trabalhar modelos de negócio, vão trabalhar Canvas, vão trabalhar planos etc. E você tem a parte técnica, que é aquilo que todos os hackathons cuidam, que é a parte tecnológica, como é que eu vou fazer a base de dados, como é que eu vou desenvolver a tecnologia disso? E aí você tem duas coisas: de um lado, você tem um negócio que funciona muito bem, do outro lado, você tem uma tecnologia que funciona muito bem. O problema é que a maior parte dos produtos que a gente tem hoje, a maior parte das coisas que a gente consome hoje, não são produtos, são serviços e serviços têm uma terceira perna”, explica ele.

“A maior parte dos produtos digitais é muito careta, porque alguém inventou uma tecnologia de serviços –  por exemplo,  mapa -, todo mundo faz igual, alguém inventou um chat de inteligência artificial, todo mundo faz igual, alguém inventou um programa de táxi ou compartilhamento de carro, todo mundo faz igual, então pouco importa se é Uber, Lyft etc., alguém inventou um sistema de compartilhamento de casas, todo mundo faz igual, e o resultado é que a gente tem uma enorme mesmice, porque ninguém pensa num modelo de serviço […] você tem que pensar o serviço no mesmo momento em que você está pensando a tecnologia e no mesmo momento em que você está pensando no negócio e não depois. A maior parte das empresas primeiro acerta a tecnologia, daí acerta o negócio e vai enfiar o serviço lá na frente e a gente percebe muito bem, o resultado que a gente tem são coisas muito iguais, que tem só pequenas embalagens diferentes, e aí o indivíduo vai saber a diferença”, analisa Radfahrer. “Então é isso, se você têm uma relação com uma pessoa, essa relação evolui com o tempo, não é porque você está casado com uma pessoa linda e incrível que esse casamento vai durar para sempre. Você tem que investir nessa relação e esse investimento na relação é uma coisa muito importante do serviço. Às vezes você tem aquele negocinho que nem é grande coisa, mas o serviço é tão incrível que ele se mantém no meio dos gigantes.”

Fonte: jornal.usp.br

Link da Matéria: https://jornal.usp.br/radio-usp/startups-precisam-resolver-nao-apenas-negocio-e-tecnologia-mas-tambem-servicos-ou-o-tripe-fica-descalibrado/

Imagem produzida com a Meta AI

Palavras-Chave: Startups, Modelo de negócios, Tecnologia, Serviços inovadores, Incubadoras de startups, Luli Radfahrer, Inovação digital, Diferenciação de serviços.

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