Início Educação “Nariz artificial” brasileiro pode identificar alimentos estragados na geladeira

“Nariz artificial” brasileiro pode identificar alimentos estragados na geladeira

Atualmente, cerca de 27 milhões de toneladas de comida são jogadas fora por ano no Brasil. Acredite ou não, mas o maior motivo disso são as pessoas não saberem ao certo se esses alimentos estão ou não em bom estado de conservação. Não seria legal se tivéssemos 100% de certeza sobre as condições dos nossos alimentos na nossa geladeira ou nos freezers dos supermercados? Foi pensando na saúde das pessoas e segurança alimentar do planeta que uma equipe de pesquisadores da USP, UFU e Unesp inventou o “nariz artificial” brasileiro.

A solução inovadora dos biofilmes

O Engenharia 360 quer compartilhar uma perspectiva incrível com você! Imagina poder saber se um alimento está estragado só de olhar para ele. Essa é a promessa dos cientistas brasileiros com a utilização de biofilmes inteligentes à base de amido de mandioca, água e glicerol – abundantes, baratos e biodegradáveis.

Na prática, funciona assim: os biofilmes (coloridos com certas substâncias) mudam de cor ao detectar gases liberados por alimentos em deterioração (como compostos de enxofre e nitrogênio), semelhante a um nariz artificial; tal mudança seria fácil de ser visualizada. Essa seria a solução mais econômica, ecológica e sustentável para uma análise rápida e não invasiva para garantir a qualidade dos produtos alimentícios. Isso pode revolucionar a indústria alimentícia como nada igual!

A saber, um pacote de 500 gramas de polvilho doce, que custa cerca de R$ 10, rende mil biofilmes. Isso torna a tecnologia acessível para pequenos e grandes empreendedores do setor alimentício.

Testes de confiabilidade do nariz artificial

Para saber se o nariz artificial ia mesmo funcionar, os pesquisadores realizaram vários experimentos com diferentes pedaços de carne. Como era de se esperar, nem todos os biofilmes mudaram de cor da mesma forma, a depender do composto que estava reagindo. Foi preciso utilizar um conjunto de biofilmes lado a lado, como se fosse uma etiqueta. E os resultados mostraram que o material pode mesmo identificar com precisão o estado de conservação dos alimentos.

Ideias de aplicações plásticas

Os biofilmes podem ter aplicações variadas na Engenharia de Alimentos, incluindo:

Embalagens inteligentes: Os biofilmes podem ser incorporados à embalagem dos alimentos, indicando ao consumidor se o produto está próprio para o consumo.

Sensores em supermercados: Sensores com biofilmes podem ser utilizados em supermercados para monitorar a qualidade dos alimentos em tempo real, evitando a venda de produtos estragados.

Enfim, os biofilmes podem ser usados na indústria alimentícia para controle de qualidade, garantindo a segurança antes da distribuição. A melhor parte é que isso seria feito sem a necessidade de abertura de embalagens, garantindo a integridade dos produtos até o momento da compra.

O futuro promissor da indústria alimentícia

O nariz artificial continua em fase de desenvolvimento. Infelizmente, não existe uma perspectiva de quando os biofilmes estarão disponíveis no mercado. Contudo, o futuro é promissor! Esse material representa uma alternativa mais sustentável aos plásticos sintéticos derivados do petróleo. Isso não só ajudaria a reduzir o impacto ambiental, mas também seria uma solução prática e acessível para o controle de qualidade dos alimentos.

A expectativa dos cientistas é que as novas tecnologias possam contribuir para reduzir o desperdício de alimentos, garantindo a segurança alimentar do planeta e promovendo um consumo mais consciente.

Fonte: engenharia360.com

Link da Matéria: https://engenharia360.com/a-invencao-brasileira-do-nariz-artificial/

Receba nossas notícias diretamente em seu e-mail. Deixe aqui seus dados!

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui